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O Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, partilhou, na manhã desta quinta-feira, 17 de Outubro, em conferência de imprensa, os resultados encorajadores das actividades de vacinação em curso no país, destacando o sucesso do Plano de Recuperação e das acções de resposta à pólio. Segundo referiu o responsável, a vacinação é uma das medidas mais eficazes para reduzir a morbi-mortalidade por doenças, constituindo uma prioridade do Governo de Moçambique.

Moçambique alcançou a eliminação de doenças como o tétano e a poliomielite, contudo, devido a choques externos incluindo a pandemia da COVID-19, o país registou um aumento no número de crianças zero-dose e sub-imunizadas. Para enfrentar este desafio, Moçambique foi o primeiro país na região africana a implementar um plano de recuperação, visando imunizar estas crianças. Desde o início do ano, três rondas de vacinação foram realizadas em 74 distritos das zonas centro e norte, com cerca de 860 mil crianças vacinadas na primeira ronda, 861 mil na segunda e 803 mil na terceira.

O Director Nacional destacou ainda os esforços no combate à poliomielite, com a administração de mais de 106 milhões de doses da vacina bOPV desde Março de 2022. Estes esforços permitiram que Moçambique fosse declarado livre de Poliovirus Selvagem do Tipo 1, em Maio deste ano, o que representa um marco significativo para a saúde pública no país e em todo o continente africano.

No entanto, Fernandes alertou para a contínua preocupação com a variante do tipo 2, que desde 2021 resultou em oito casos registados cumulativamente, nas províncias de Nampula, Manica e Cabo Delgado. Para combater esta variante, uma nova campanha de vacinação será lançada em Novembro, utilizando a vacina nOPV-2, que é específica para estes casos e que será administrada a todas as crianças menores de 10 anos. Segundo esclareceu Quinhas Fernandes, a primeira fase ocorrerá em Novembro e a segunda em Dezembro deste ano.

O Director Nacional de Saúde Pública apelou aos pais e encarregados de educação para aderirem à campanha, sublinhando que as vacinas utilizadas são seguras, eficazes e aprovadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fernandes também aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de adoptar medidas preventivas com a aproximação da época chuvosa, que favorece o surgimento de surtos de doenças como cólera e malária.

MISAU – DCI